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Folga Xeral do 24-N en Portugal, éxito da clase traballadora (vídeo)

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A FESGA desprazouse até Porto para recoller en vídeo unha das concentracións que a principal central sindical portuguesa (a CGTP-IN) organizou como colofón da "maior xornada de loita dos últimos tempos" que logrou paralizar os principais sectores do país irmán. Os motivos da convocatoria respostaban á loita contra a política de auteridade , o aumento brutal dos custes de vida, a sobre-explotación, o desemprego, a precariedade, as privatizacións e recortes sociais como a supresión da extra do Nadal, medidas brutais que se intensificaron despois do "resgate" da economía portuguesa.

A FESGA desprazouse até Porto para recoller en vídeo unha das concentracións que a principal central sindical portuguesa (a CGTP-IN) organizou como colofón da "maior xornada de loita dos últimos tempos" que logrou paralizar os principais sectores do país irmán. Os motivos da convocatoria respostaban á loita contra a política de auteridade , o aumento brutal dos custes de vida, a sobre-explotación, o desemprego, a precariedade, as privatizacións e recortes sociais como a supresión da extra do Nadal, medidas brutais que se intensificaron despois do "resgate" da economía portuguesa.

João Torres, coordenador da União dos Sindicatos do Porto e membro da Executiva da CGTP-IN, felicitou os piquetes polo grande traballo realizado durante toda a xornada e alentou aos traballadores e traballadoras, especialmente os máis novos, a seguir na loita contra as medidas que a troika (FMI, BCE e Comisión Europea) e o goberno portugués están a impor para garantir a taxas de beneficios do grande capital en base aos retallamentos, empobrecemento e regresión "social e civilizacional" para as clases populares.

A Folga Xeral logrou unha grande adhesión tanto no sector público como no privado, e atinxiu un seguimento case total na grande industria, trasporte por ferrocarril, parálise de aeroportos, autobuses urbanos e inter-urbanos, distribución, metalurxia, portos e cunha ampla participación da administración. Durante a madrugada , os piquetes tiveron que enfrontar a represión policial e o intento por limitar a súa actividade, ademais do falseamento dos dados de participación por parte do Goberno conservador do PSD e CDS-PP, que tentou minusvalorar a incidencia da xornada de folga.

O día anterior a CIG realizou concentracións de solidariedade coa "Greve Geral" portuguesa en Vigo e Ourense, un feito enmarcado no acordo entre a central galega, CGTP e o sindicato basco ELA para coordenar accións de reposta contra a brutal regresión a que está a ser sometida a clase traballadora a nivel internacional.

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A continuación , ofrecemos o saúdo da CGTP-IN na manifestación que tivo lugar en Lisboa:

A GREVE GERAL CONSTITUI UM MARCO NOTÁVEL NA LUTA DOS TRABALHADORES PORTUGUESES

INTENSIFICAR A LUTA PARA CONSTRUIR UM PORTUGAL DE FUTURO

A CGTP-IN, saúda os trabalhadores e trabalhadoras que no Continente e nas Regiões Autónomas estão determinados a fazer ouvir a sua voz, num imenso e grandioso protesto geral contra os conteúdos do Acordo das troikas nacional e estrangeira e as medidas do Governo do PSD-CDS que promovem a recessão económica e o retrocesso social, o agravamento da exploração dos trabalhadores, o empobrecimento generalizado da população e do país.

Pela enorme adesão verificada nos locais de trabalho do sector privado e do sector público e o apoio expresso ao nível da opinião pública, esta é uma extraordinária Greve Geral, que ficará desde já assinalada como um marco notável da luta dos trabalhadores portugueses em defesa dos seus direitos e interesses, pela valorização do trabalho e dignificação dos trabalhadores, pela construção do futuro com direitos para as novas gerações, pela defesa do aumento do sector produtivo, pela defesa da democracia e salvaguarda da soberania nacional.

A Greve Geral está a ser um êxito em todas as suas dimensões, apesar das chantagens e arbitrariedades praticadas pelas entidades patronais e de o Governo recorrer a meios ilegais para impedir o seu exercício. Está a ter adesões excepcionais em todo o país, seja no Continente seja nas Regiões Autónomas; abrange todos os sectores da administração pública central, regional e local e a generalidade das actividades do sector privado; é transversal a homens e mulheres, aos jovens, aos trabalhadores com vínculo efectivo e com vínculo precário. A Greve Geral contou desde a sua convocação com a solidariedade internacionalista e está também a ser saudada por inúmeras organizações sindicais estrangeiras de vários Continentes.

A utilização das forças de segurança, em especial da GNR e da PSP, contra os piquetes de greve constitui uma demonstração evidente da natureza autoritária e repressiva do Governo que não se conforma com a resposta dos trabalhadores portugueses nesta Greve Geral. A intervenção da GNR e da PSP visa ainda intimidar os trabalhadores procurando levá-los a não aderir a uma luta que é reconhecidamente justa, e constitui uma demonstração evidente da sua incapacidade para, por meios legais e democráticos, evitar a mobilização dos trabalhadores. A CGTP-IN denuncia o uso das forças policiais para intervirem contra a Greve Geral e repudia os ataques ao exercício deste direito com a certeza que os trabalhadores não recuarão perante estas práticas anti-democráticas e ilegais

É justo salientar o contributo militante dos muitos milhares de dirigentes e activistas sindicais, bem como de membros de outras estruturas representativas dos trabalhadores que, de forma abnegada, empenhada e solidária, venceram todas as dificuldades, sendo a sua acção decisiva no esclarecimento, mobilização, organização e concretização desta grande jornada de luta contra o programa de agressão aos trabalhadores, ao povo e ao país e por reais alternativas de progresso e de futuro.

Saudamos ainda, de forma particular, o significativo envolvimento dos jovens, dos trabalhadores desempregados, dos reformados e pensionistas, também eles vítimas da brutal ofensiva governamental e que, associando-se aos objectivos da Greve, expressaram por diversas formas o seu descontentamento e indignação contra as políticas seguidas e as desigualdades sociais que provocam.

São graves os efeitos das políticas que pesam sobre os trabalhadores, o povo e o país. Mas temos confiança. Confiança que é reforçada com a afirmação de unidade e solidariedade demonstrada neste dia de luta. Confiança que é também exemplarmente comprovada nesta jornada de luta, mostrando que com coragem, firmeza e determinação é possível abrir um novo caminho que garanta uma vida melhor aos trabalhadores e ao povo.

Porque se trata de objectivos que são de todos e para todos, a CGTP-IN reitera aos trabalhadores e trabalhadoras, ao povo português, a sua determinação de prosseguir a luta sem tréguas contra o aumento do horário de trabalho e o trabalho forçado; a subversão da Constituição através de propostas que visam legitimar os despedimentos sem justa causa; a redução das indemnizações, com vista à sua eliminação; a diminuição do subsídio de desemprego e a estigmatização dos desempregados; o ataque à contratação colectiva, enquanto instrumento de desenvolvimento e progresso social; a redução brutal do poder de compra das famílias, o roubo dos subsídios de natal e de férias e todas as medidas presentes ou futuras que ponham em causa direitos e garantias dos trabalhadores e do povo português.

A roda da História não pode andar para trás. As políticas que nos querem impor não resolvem nenhum problema, antes vão agravar a situação económica e levar Portugal a uma recessão ainda maior. É preciso dizer NÃO ao retrocesso social e civilizacional e às medidas que apenas têm como objectivo encher, ainda mais, os bolsos dos banqueiros e capitalistas, à custa do aumento da exploração dos trabalhadores e do povo.

O tempo já demonstrou que é necessário renegociar a dívida, os prazos e os juros, assim como as condições para o alargamento da redução do défice. Portugal e os portugueses não estão perante uma inevitabilidade. Há alternativas para construir caminhos de progresso e justiça social.

É possível dinamizar o sector produtivo, de modo a produzir bens e serviços para o desenvolvimento da sociedade que contribuam para criar riqueza, reduzir as importações e o endividamento externo do país. É possível pôr a economia a crescer, para criar mais e melhor emprego e de qualidade, combater a precariedade e o desemprego, reforçar a protecção e os apoios sociais e aumentar o poder de compra dos salários e das pensões, bem como o Salário Mínimo Nacional.

É possível e é necessário combater com firmeza a fraude, a evasão fiscal e a economia paralela e pôr termo a uma política fiscal que sobrecarrega os pobres para enriquecer ainda mais aqueles que, sendo ricos, nada pagam. É possível defender e melhorar as Funções Sociais do Estado, na Saúde, na Educação e na Segurança Social e os Serviços Públicos e o Poder Local Democrático.

Porque as mudanças só são possíveis com uma intervenção contínua de acção e luta, os participantes na Manifestação decidem:

* Manifestar total disponibilidade para apoiar todas as formas de luta que a CGTP-IN vier a convocar pela defesa dos direitos e a melhoria das condições de vida, contra a exploração e o empobrecimento; Por um Portugal Desenvolvido e Soberano.

* Apoiar a concentração que as Uniões de Sindicatos de Lisboa e Setúbal da CGTP-IN convocaram para dia 30 de Novembro, às 9 horas, na Assembleia da República, para rejeitar as medidas anti-laborais e anti-sociais do Governo PSD-CDS e as posições retrógradas do patronato.

Vivam os trabalhadores e as trabalhadoras portuguesas!


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